domingo, 26 de julho de 2009

Capítulo 6 – Uma nova odisséia.

Capítulo 6 – Uma nova odisséia.

O medalhão estava em meu pescoço, notei que seus contornos eram feitos de um tipo de escultura, eram detalhes muito bonitos que desenhavam duas grandes montanhas, nele se encontrava uma pedra que começou a brilhar cada vez mais. Este brilho começou a aumentar de tamanho até ficar com cerca de 1 metro quadrado, sem que eu esperasse apareceram as feições de um rosto que tentava sem êxito me dizer algo e mostrava-se algo angustiado. Reconheci o ancião que me houvera salvado. Me senti constrangido por não poder fazer nada diante daquela situação, ele poderia estar em perigo.
Apressadamente decidi tomar algumas medidas, peguei uma roupa que havia sido comprada para a festa da fantasia no ano anterior, acreditando que seria ideal para este tipo de aventura, era uma roupa de couro grosso e negro, que dava liberdade de movimentos ao corpo e que ao mesmo tempo funcionava como uma couraça protetora. Me vi como um verdadeiro super herói diante do espelho. Peguei um chapéu de boiadeiro marrom com a insígnia de um touro, uma pequena lanterna para no caso de me transportar para aquele horrível túnel a qual prendi no cinturão de argolas de aço da fantasia.
Vagarosamente as dimensões do portal energético diminuíam e o rosto holográfico do ancião desaparecia com dolorosa expressão, era muito perigoso mas eu estava predestinado a resgatá-lo, penetrei naquela luz fosforescente e comecei a me sentir muito leve, meu corpo ficou invisível por instantes, achei que era puro delírio, foram breves instantes quando depois me encontrei atrás de arbustos. Focalizei minha atenção para a parte posterior aos arbustos e visualizei muitos soldados em fila, eram metálicos e mecanizados e carregavam o alvo de minhas atenções: o meu salvador. Por algum tempo fiquei restrito a observar o que acontecia, derrepente vi um homem bastante imponente todo vestido de branco na minha frente, sua face estava suada, tinha uma espécie de pedra na testa, era verde e muito brilhante, cabelos ruivos, tinha um medalhão idêntico ao meu. Os soldados já haviam ido embora levando consigo meu grande amigo. Qual rumo tomariam eles? Seria belo ou horrível?
O homem ruivo deu passos até ficar exatamente diante de min, fez uma expressão de escárnio para min, olhou nos olhos com desprezo. De um compartimento de seu cinturão tirou um grão de areia ou pedra muito pequena que parecia brilhar como brasa, fez um sinal com os dedos para cima. Escreveu com a brasa em meu chapéu, fiquei em silêncio apenas vendo o que fazia, depois tomou o mesmo rumo que os soldados.
Levantei-me e comecei a olhar para todos os lados, não havia nem sombra do homem, mas no horizonte havia uma luz bastante interessante a qual segui em sua direção, andei muito talvez 15 quilômetros através de uma vegetação de cerrado, o sol era muito forte. Parei para descansar na sombra de uma árvore, era uma árvore pequena, depois prossegui em meu caminho. A luz do horizonte era na realidade uma cidade, evidentemente bastante diferente de uma cidade comum . Quando cheguei lá piquei pasmado com as pranchas voadoras, os muros das casas eram muito altos, com reentrâncias retangulares.
Estava realmente exaurido de tanto andar, encostei-me para descansar em um muro, e me queimei. Talvez isto fosse um sistema de segurança. As pessoas volitavam em pequenas pranchas, as ruas tinham furos que poderiam ser comparados à trilhos de trem. Fiquei extasiado com as visões quando me deparei com uma prancha muito grande, um homem bastante curioso pilotava ela, estava trajado com uma espécie de armadura com pequeninos pedaços de ferro quadriculados e vermelhos, e com um capacete azul. Com grande habilidade jogava pedaços de ferro pelas reentrâncias dos muros das casas.
Curiosamente enfiei meus olhos pelo buraco do muro com o devido cuidado para não me queimar, vi um menino negro que pegando sua respectiva placa metálica apertou alguns botões que nela se encontravam e jogou a placa no chão, da placa surgiu uma grande imagem holográfica, aos poucos a imagem foi ficando menos distorcida, e quando notei precisão estava o ancião com uma arma apontada na nuca, palavras foram ditas, porém eu não conseguia entender.

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