domingo, 26 de julho de 2009

Capítulo 2 – O túnel macabro.

Capítulo 2 – O túnel macabro.

Estas duas informações encaixavam-se perfeitamente segundo Sérgio. Faltavam poucos minutos para meia noite.
Estava lá eu tentando matar aqueles pernilongos, com muitas palmadas, quando finalmente os matei. Fechava meus olhos para dormir, derrepente ouvi um zumbido e pensei que eram novamente os impertinentes pernilongos, já não agüentava mais, eram insuportáveis.
O zumbido estava cada vez mais forte, abri os olhos assustado, logo vi que não tratava-se de pernilongos, se me encontrava diante dos olhos uma forte luz em forma arredondada, terrivelmente ofuscante. Após breves momentos a cor da luz mudou: de branco ela passou a um tom avermelhado, juntamente com aquele barulho estranho. Subitamente uma espécie de voz falou:
- Venha e entre, pois é chegada a sua hora.
Fiquei bastante assustado, mas parecia que minha mente encontrava em êxtasis, quase que hipnotizada. Meus pensamentos pareceram confusos. Distorcia-me a vontade própria, penetrei pela estranha energia.
Me vi em um túnel bastante escuro, fiquei apavorado diante do que me ocorrera, ainda os pensamentos pareciam estar entorpecidos por algo misterioso, não conseguia enxergar com nitidez. Olhando para frente me deparei com um corpo privado de cabeça, no lugar disto uma forte energia branca brilhava, esta figura cavernosa andava a passos largos, seguia atrás dele como que influenciado por uma atração mística, tentava acompanha-lo com dificuldade já que esta fantástica figura andava muito rapidamente. De maneira repentina o chão começou a encher com um líquido verde escuro gosmento. O homem fez um tipo de sinal com as mãos, neste momento notei que ele somente tinha três dedos, pude visualizar com clareza os movimentos de seus dedos.
Do teto abriu-se um feixe de luz, e deste saiam muitas aranhas, semelhantes às tarântulas, porém brancas como neve. Virando meus olhos vi que aquela estranha figura desaparecera como se houvesse evaporado, fiquei em pânico pois aquela gosma líquida subia cada vez mais, estando já na altura de meus joelhos, aquelas aranhas desciam pelas paredes e vinham nadando em minha direção. Com grande desespero enfiei meus braços na água tateando o chão com as mãos à procura de algo com que me defender das aranhas, inusitadamente encontrei uma pedra deveras diferente já que tinha alguns sinais hieróglifos, estava quebrada ao meio. Guardei-a em um dos bolsos por crer ser algo importante. Neste momento achei difícil ter um raciocínio claro, deveria pensar rápido ou morreria afogado e envenenado, no mesmo momento em que três aranhas subiam por meu corpo decidi repetir os estranhos sinais que aquela horrenda figura executara com as mãos, tentando imitar seus três dedos o lograra, olhando as mãos fiquei todavia mais preocupado, elas desapareciam e ficavam invisíveis. Comecei a chorar de desespero. Já não conseguia mais distinguir se aquilo era um pesadelo, alucinação ou realidade.

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